Museu Dançante - Gravidade, desequilíbrio e flutuação

O corpo desliza, parece flutuar. A obra impacta, consegue emocionar. Entre os movimentos precisos da dança e a experimentação constante de artistas, o Museu de Arte Moderna de São Paulo convida os visitantes a viverem uma nova interação com as artes.

Museu dançante exposição.

Foto © Renato Parada

Linguagens entrecruzadas

A São Paulo Companhia de Dança se uniu ao MAM e à curadoria de Felipe Chaimovich para realizar o Museu Dançante, exposição que está no Parque Ibirapuera desde o final de janeiro.

Felipe conta que a ideia surgiu quando perceberam que diversas obras possibilitam a interação física do público para além da contemplação: “Isso nos desafia a permitir uma liberdade corporal maior ao visitante”. Misturando as produções visuais com a dança e refletindo como um corpo se posiciona, os bailarinos deixam de ocupar o palco para interagir com os objetos. A Diretora da São Paulo Companhia de Dança, Inês Bogéa, reforça o conceito:

Inês Bogéa coreógrafa.

Na mostra há 38 trabalhos que se relacionam a coreografias da dança contemporânea. Em diferentes dias da semana há ensaios e apresentação dos bailarinos em ação com as obras.

Obras do Museu de Arte Moderna.

Dançarinos da São Paulo Companhia de Dança.

Foto © Renato Parada

O curador Felipe Chaimovich selecionou peças de Hélio Oiticica, Mira Schendel, Ascânio MMM, entre outros grandes nomes. Ele conta que um dos grandes desafios foi adequar a expectativa de liberdade física absoluta por parte do público com as necessidades de conservação e segurança das obras.

Obras da exposição Museu Dançante.

Ensaio de dança no MAM.

Bailarinos da São Paulo Companhia de Dança ensaiam no Museu de Arte Moderna

Para Inês Bogéa o projeto pedia por duas mentes inquietas e foi por isso que ela escolheu os coreógrafos Clébio Oliveira e Rafael Gomes. “O Clébio trabalha em museus e trata muito de temas como a solidão e o desencanto, além de trazer o mundo da moda para a dança. Já o Rafael tem bastante referência das artes visuais. Com os dois era possível trabalhar a inquietude e o cruzamento das linguagens artísticas”, conclui.

Rafael Gomes da São Paulo Companhia de Dança.

O coreógrafo Rafael Gomes apostou em uma temática lúdica e sonhadora

Gravidade invertida, desequilíbrio, o bailarino virando obra de arte, o lúdico em cena e um processo vivo se desenrolando diante dos olhos da plateia. As pessoas conseguem se conectar com essas propostas e, pela proximidade, sentem a respiração, pulsação e emoção dos dançarinos.

Até o dia 21 de junho você também pode viver a experiência e ocupar o museu de uma nova maneira!

Artes e dança contemporânea.

Foto © Renato Parada

Mais informações

Data: Até 21 de junho
Horário: De terça a domingo das 10h às 18h
Endereço: Parque do Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3
Entrada: R$ 6,00 | Domingo: Entrada livre

Veja a agenda completa aqui!

Fotos © Ramanaik Bueno

Gustavo Lima

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