Arquitetura Romântica

A arquitetura romântica é uma das facetas do movimento artístico de origem europeia denominado de Romantismo, cujo início, apogeu e declínio occoreu entre os séculos XVIII e XIX. A opção pela liberdade de expressão artística em detrimento do apego aos padrões e normas academicista, a valorização dos sentimentos, da dimensão humana da expressão e da mente criativa do artista foram alguns dos valores que nortearam o romantismo influenciando todas as expressões artísticas incluindo a arquitetura civil.

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Sé Catedral - São Paulo, Brasil

A arquitetura romântica emerge do rompimento e embate direto com os padrões arquitetônicos estabelecidos no Neoclassicismo. O abandono aos princípios formais e rígidos da construção clássica é subsitituído pela influência gótica, barroca, exótica e pela valorização dos princípios espirituais e orgânicos nos projetos e edificações. Conheça as principais características, o contexto histórico, bem como os profissionais e as obras que marcaram a arquitetura romântica no mundo. Inspire-se com o Westwing e comece agora mesmo a decorar ou montar o ambiente dos seus sonhos!

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O Contexto Social e Histórico da Arquitetura Romântica

Catedral de Notre-Dame de Paris no por do sol, França

Catedral de Notre-Dame de Paris no por do sol, França

O movimento romântico é fruto das profundas mudanças históricas e sociais vivenciadas na Europa e Estados Unidos entre os séculos XVIII e XIX. A experiência da Revolução Industrial, bem como as intensas transformações sociais e históricas que antecederam o período impactaram não somente o modo de produção, como também a forma de pensar e agir do homem da época.

O rompimento com os ideais clássicos e a valorização da liberdade criativa emergiram como ideais que floresceram na literatura, pintura, escultura e arquitetura. Os ideias do apregoadas pelo movimento espalharam-se rapidamente pela Europa e também no continente americano influenciando artistas de diversas expressões, entre eles diversos arquitetos.

A arquitetura romântica é marcada por uma forte influência do revivalismo de movimentos anteriores baseados na valorização da expressão, do sentimento e da espiritualidade, como no caso da arquitetura gótica e barroca. Outra faceta da arquitetura romântica europeia é a influência de estilos considerados exóticos inspirados na Egito Antigo e na cultura oriental, em especial a Índia e a China.

Casas do Parlamento (Palácio de Westminster) e torre de Ben grande, Londres, Reino Unido

Casas do Parlamento (Palácio de Westminster) e torre de Ben grande, Londres, Reino Unido

Esse aspecto da arquitetura romântica pode ser amplamente observado no design das edificações da época em países como a França, cuja arquitetura romântica flerta com a imponência do estilo egípcio ancestral, e na Inglaterra, onde o estilo indiano e chinês marcou a construção de projetos como o Pavilhão Real de Brighton, cujo estilo é o exemplo perfeito da influência exótica oriental na arquitetura romântica inglesa.

No Brasil, o forte apelo nacionalista vinculado à vinda da família real portuguesa e ao contexto histórico da busca por uma cultura baseada na independência intelectual marcou o início do romantismo, principalmente na literatura. Na arquitetura, os ideais românticos são traduzidos através do revivalismo neogótico e do ecletismo. Alguns dos principais exemplos da influência neogótica no Brasil estão em edificações no Rio de Janeiro como a Capela da Piedade (1862) e o Real Gabinete de Leitura (1887), projetado por Raphael de Castro.

Marcos da Arquitetura Romântica

A arquitetura romântica, marcada pelo abandono das regras clássicas de simetria, ordem e proporção deixou um rico legado artístico para a humanidade. O revivalismo da arquitetura romântica pode ser observado em diversas edificações emblemáticas localizadas principalmente na Europa. Entre os exemplos marcos da arquitetura romântica estão: a Ópera de Paris de Charles Garnier (1862), o Castelo de Neuschwanstein da Baviera, Alemanha, projetado por Georg von Dollmann (1870) e o Palácio de Westwinster em Londres, reprojetado por Charles Barry e August Pugin (1870).