SP-Arte

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© Fotos: Livia Rodrigues

SP-Arte

09.04.13
* Por Priscila Silvério
De 04 a 07 de abril, na Bienal do Parque Ibirapuera, aconteceu a SP-Arte, uma das feiras mais prestigiadas no segmento. Exibindo o melhor das criações contemporâneas e também grandes clássicos, o evento contou com 122 galerias de 16 países. (1)
Os participantes vieram de diferentes locais: Inglaterra, Estados Unidos, França, Alemanha e Itália. A busca constante pela inovação é o que move a SP-Arte. A idealizadora e diretora Fernanda Feitosa explica que esta nona edição juntou um conjunto excepcionalmente representativo de galerias “Isso oferece aos visitantes uma oportunidade única de conferir o mais amplo panorama da arte contemporânea mundial já exposto em uma feira do país”, afirma.
 
Clássicos essenciais
O público – formado por crianças, famílias, casais, jovens, empresários, artistas e colecionadores do mundo todo – teve a chance de apreciar trabalhos renomados como o óleo sobre tela “Cena da Lapa”, pintado por Di Cavalcanti e a pintura “Notre Dame de Paris”, criada por Pablo Picasso. (2)
Alguns espaços, como o de Eliana Benchimol, apresentava obras abstratas, geométricas e sinestésicas. A impressão de movimento, a brincadeira com as formas e o impacto visual caracterizavam as peças do local. (3)
A identidade brasileira foi simbolizada de diversas maneiras. Na Galeria Estação o artesanato (4) marcava presença e encantava com os desenhos esculturais, assim como as telas que abordavam temáticas da natureza. Os clássicos inesquecíveis apareceram principalmente pela Pinakotheke.
O pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi, conhecido por ter sido um autodidata, assim como o famoso e expressivo Cândido Portinari, estavam disponíveis. Destacamos ainda o nome de Lasar Segall, que afirmou ter compreendido o milagre da luz e da cor com sua arte e que se instalou no Brasil no último século, se consolidando como um ícone modernista. Agora, em 2013, completaram cem anos desde a sua primeira visita ao país. (5)
A empresária de Portugal, Joana Monteiro, ficou bastante envolvida com eles “Foi uma descoberta da arte sul-americana e, em particular, a brasileira. Gosto muito da arte dos anos 50”, compartilha a visitante.
 
Propostas inéditas
E é claro que as produções atuais também agradaram aos fãs. Novas perspectivas e conceitos eram encontrados em galerias como a alemã Neugerriemschneider (6). Trabalhando com 20 profissionais, a organização explica que as obras foram desenvolvidas com inspirações na percepção da luz e do espaço, como no caso do artista Olafur Eliasson. Ou, então, com objetos que já existiam e eram combinados para o público captar várias facetas em uma mesma arte.
Além disso, um dos destaques era a americana Pae White que explorava a estética, o contraste e as questões sensoriais de materiais como o alumínio. Ela desenvolve a peça, fotografa e reproduz em tecido, o que gera um efeito marcante e uma reflexão sobre as texturas e a aparência visual. Na SP-Arte uma tapeçaria em grande escala tomava conta da parede. (7)
Vladimir Corazza, que atua como gerenciador de carreiras de artistas plásticos, costuma vir à feira todo ano para conhecer estas e outras propostas inéditas, além de conferir como está o mercado e as vendas. “Eu vi que esse ano está bem setorizado. O andar de baixo está com um preço mais acessível e, no andar de cima, as galerias internacionais e as mais caras”, conta.
Quem passou pela Zipper Galeria deve ter se surpreendido. Entre as criações que impressionavam, estavam as imagens lúdicas de André Feliciano, que misturava a natureza com os de fotografia. (8) A união de conceitos da jardinagem com pequenas câmeras fotográficas ficou simplesmente admirável.
A instalação “Sobre todas as coisas” (9) do artista cubano Jorge Mayet também era digna de contemplação. Natureza imaginária, árvores que mostram suas raízes, um toque de poesia e até mesmo uma leve nostalgia são as sensações que surgem ao observar o trabalho. No portal da empresa, ele é descrito como “(…) um reflexo de um profundo sentimento de perda e da inatingível idealização do que foi perdido, característica de todos os que de uma forma ou de outra, tiveram que deixar o seu lugar de origem para começar de novo em um outro lugar”.
E para o próximo ano a SP-Arte já tem data marcada. Irá acontecer de 02 a 06 de abril, novamente no Parque Ibirapuera. Vale à pena se programar e descobrir tudo que há de novo e tradicional no mundo das artes.
 

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Gabriella Mondroni

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