Clássico e Hollywood

 
 
© Fotos: Bruno Gonzalez e Cecília Abreu
 
 

Clássico e Hollywood Projetos da Mostra Black
Por Priscila Silvério

Tendências, novidades e inovações em arquitetura, decoração, paisagismo e design de interiores. Este é o intuito da Hyundai Mostra Black, que chega em sua segunda edição.
Realizado em uma antiga casa modernista dos anos 60, localizada no bairro Alto de Pinheiros, o evento permite a livre interpretação dos profissionais que criam espaços conceituais, inventivos e únicos.
Este ano a ocasião traz nomes de peso como Luiz Carlos Orsini, Dado Castello Branco, Fernanda Marques, João Armentano, Roberto Migotto, Marina Linhares, Jorge Elias e Murilo Lomas. Confira hoje um pouco mais sobre os projetos desenvolvidos por estes dois últimos grandes arquitetos que trouxeram o Clássico e o Hollywood.
 
Conforto e estilo clássico
Um dos primeiros cômodos que se encontra ao adentrar a Mostra Black é a “Sala Íntima” com 40m², feita por Jorge Elias (1). Seu trabalho se deu totalmente em função da parede de mármore (2), que já era remanescente da casa antiga.
Reunindo referências de viagens, remetendo lembranças e utilizando o estilo clássico, ele criou um espaço que faz contraste entre coisas simples e sofisticadas (3). Elias resgatou o Tropicalismo e misturou o estilo barroco, além de referências das décadas de 1940 e 1950. Pensando em quem busca conforto, há variados materiais como veludos, bambus e fibras naturais para uma combinação tropical. (4)
Com elementos feitos à mão, como as cortinas, o artesanato é valorizado. Livros decorativos, mobiliário clássico e peças de alto bom gosto dão o tom da composição.
 
Sala Pop
Logo em frente encontramos um living projetado pelo arquiteto e design de interiores Murilo Lomas (5). Ele conta que três aspectos foram primordiais para a elaboração: Hollywood, geometria e o azul Yves Klein.
Ou seja, há um espaço despojado aonde uma celebridade ou mente criativa viveria muito bem, combinando elementos artísticos e marcantes, gerando uma “Sala Pop” (6) sofisticada de 60m² com cores e texturas que nos remetem aos anos 60 e 70. Sem medo de ousar, o profissional também abusou de listras, bolas e outras formas geométricas (7). A releitura de papéis de parede, carpete, espelhos, tecidos, veludo, couro, latão, aço e outros apanhados dão mais destaque ainda para a composição. (8)
Já o azul Yves Klein é uma cor vibrante, mais conhecida no Brasil como “azul bic” (9). Este tom foi registrado na década de 1950 pelo pintor francês Yves Klein. O projeto contou ainda com tecidos para revestir as paredes e obras de artistas como Vik Muniz e Beatriz Milhazes. Sem preocupação entre acertar ou errar, o arquiteto conta que não é preciso rotular um estilo, pois o espaço precisa simplesmente seguir a personalidade do morador. (10)
Espaços todos brancos? Não comprar uma peça que gostou porque não combina com a decoração? Lomas desaprova tudo isso e afirma: “Decoração para mim é dar vida ao ambiente”. (11)

Gabriella Mondroni

Já conhece o nosso App?

Baixe agora

Baixe agora
Offline